sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

DEFRONTE AO NOVO ANO DE 2010

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

FIM DE NATAL


O Menino está deitado
Nas palhinhas a dormir
Cansado da festa de anos
A que teve de assistir.


As prendas estão a um canto
Para depois as abrir
Seus pais olham-no ditosos
A vê-lo em paz a sorrir.

Os animais do estábulo
Sem visitas a entrar
Aproveitam p’ra comer
E aos poucos dormitar.

E neste ambiente singelo
De luz e de calor
Goza-se por fim o sossego
Da paz de Nosso Senhor.

GM

domingo, 25 de dezembro de 2011

TÃO CERTO COMO O NATAL CÁ TEMOS NÓS HOJE O FILME HABITUAL

Este filme acompanhou e continua a ocupar um lugar de destaque nas transmissões televisivas das tardes do Dia de Natal. Cá em  casa entreteve pelos menos 3 gerações.

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - XI CAPÍTULO E FIM

Aqui se registam as imagens do célebre bacalhau, único no país e que foi saboreado por portugueses, ingleses e búlgaros. Estava no ponto e que eu saiba pouco sobrou: o suficiente para as netas se lambuzarem amanhã com os restinhos. A elas se deve este modificação de ementa nesta noite


Assim foi levado para a mesa dentro de tacho de ferro e envolto em linho e rendas.



Assim foi empratado, tipo ninho.

Espantososa coisa esta de culinária  que nos toma tanto tempo para desaparecer em poucos minutos... O pessoal gostou, repetiu e as netas levaram os restos. Já ficou decidido por elas que este prato será sempre o da nossa Noite de Natal. Resta agora saber quem me irá substituir na sua laboração.

E assim termina esta saga em XI capítulos sobre uma ceia de Natal diferente. Até para o Ano. Com a crise acho que vou passar a comerciá-lo...


sábado, 24 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - X CAPÍTULO

Pronto! São  quase 3 horas da tarde e vou avançar para a cozinha. O Tupperware já está fora do frigorífico e agora é acabá-lo, mergulhando a enorme massa de bacalhau verde em azeite dourado, previamente fervido com uns dentes de alho. O resultado só se saberá à noite, Quando ele é reaquecido os vapores espalham-se e o apetite abre-se. A doçaria cá de casa está pronta. Logo à noite será junta à que os outros convidados levam como multa.
Voltarei depois da prova final. Como isso só deve acontecer amanhã aqui vos deixo um abraço de Santa Consoada.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - IX CAPÍTULO

Guardada num imenso Tupperware, eis que que a ementa de amanhã repousa no frigorífico onde se manterá até perto da hora em que será servida após as voltas finais a que vai ser ainda ser sujeita. Está agradável à vista e saborosa à prova. São só 3 Kgs de bacalhau desfiado, 3 molhos de grelos e 3 Kgs de batatas.. devidamente triturados ou esmagados em puré e amassados por estas mãos que precisam rapidamente de um cama e uma botija quente para o sono repousado da guerreira. Depois vos transmitirei o resultado final e, se possível, umas fotos da obra.
Até amanhã e bons sonhos. Eu irei sonhar com sabores do mar e da terra.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - VIII CAPÍTULO


10h. De manhã começa o dia. Hoje vou atirar-me aos vegetais antes que de verde passem a amarelo. Ontem esqueci-me de dizer que entre as actividades praticadas houve a de modelagem. Modelei carneirinhos para servirem de marcadores de guardanapos. Todos os anos isso é feito e todos os anos eles partem nos bolsos dos presentes à ceia. Tratado do assunto matinal vou aproveitar a tarde para tratar de mim: um descanso e uma ida ao cabeleireiro. Tenho que estar apresentável e o meu cabelo que anda tricolor grita-me por atenção. Vou prepará-lo para começar a destapar as brancas que com estes novos tempos andam a multiplicar-se. E com a poupança não sabemos por quanto tempos as vamos poder esconder. Tenham um bom dia



18h - Cumprido na totalidade o programa proposto. Os verdes já estão prontos, o bacalhau tomou novo banho e promete crescer ainda um pouco mais. Do jardim cortei o azevinho que vai animar a mesa.
O meu cabelo  ficou bem e ainda consegui ir visitar a Gaivota Mimi para a habitual troca de presentes. Bebemos um esplêndido Porto Wine "à nossa". Ela copiou a minha ideia de catering preparado previamente  e já pode estar mais relaxada a ver da sua janela os belos ocasos que o mar lhe oferece todos os dias. 
Agora resta-me ir para a cama cedo e descansar bem porque amanhã eu e a minha ajudante vamos terminar a nossa parte de catering.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - VII CAPÍTULO

Hoje foram dados mais uns passos para a ceia de 24. Partiram de minha casa as toalhas, os marcadores, os coloridos guardanapos vermelhos que tanto trabalho me deram a encontrar por estarem esgotados. A hospedeira dignou-se vir buscar essas vitualhas e levá-las para ir dispondo as coisas . Quanto ao catering, da minha responsabilidade, vai amanhã ser iniciado para se fazer tudo com calma. Os grelos estão bem mais baratos do que no ano passado. O bacalhau vai entrar na água agora à noite para inchar à vontade. . Começo já a salivar...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - VI CAPÍTULO



Hoje voltamos a ser 15. Dois arrependidos voltaram. A menina que convida, só a meio da tarde me fez as perguntas cujas respostas eu enviara ontem por email. Voltei ao princípio. Já se abordou o tamanho das toalhas, mas não se sabe quantas mesas são. Pediu-me guardanapos vermelhos? E  se não houver? Leva com os brancos com folhas de azevinho dos múltiplos rebentos que a anteriora ocupante da casa, quando daqui mudou há 3 anos,  deixou semeados. Na altura mandou cá uma firma de jardineiros para arrancar e levar a árvore grande. E eu ganhei centenas de pequenas árvores. O bacalhau está partido e divido em caixas em função das duas refeições em que vai ser preparado.  Claro que a da véspera, a tal das 15 pessoas, é muito maior. Como num verdadeiro catering vou cozinhar tudo em casa onde tenho o meu material e o pessoal de ajuda. Agora faltam pequenos acertos de multas. As minhas prendas estão preparadas e de uma coisa vos garanto, quando me conseguir sentar à mesa, não me levanto mais. Os outros que se esmerem.
Vejamos o que vai acontecer amanhã...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - V CAPÍTULO

Hoje mandei o programa das festas e a ementa à menina que dá a casa para que se lá festeje o Natal. Vamos ver as voltas que aquilo vai levar. ..Mais uma etapa ultrapassada.

domingo, 18 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - IV CAPÍTULO

As peças estão a encaixar-se. Hoje de manhã fui comprar o indispensável peixe para o nosso aguardado jantar de Natal.  Lá mais para a frente virão os grelos e a divisão das sobremesas. Estou ansiosa por ver a confusão que vai reinar, sobretudo na distribuição das prendas do amigo oculto que acaba por ser sempre descoberto. Espero que os homens primem com o tintol apara acompanhar o bicho.

sábado, 17 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - III CAPÍTULO

Mais uma novo passo: foi reduzido o número de presenças para 13. Considerando que há uma pessoa que, por ser vegetariana, não come bacalhau, vou poder reduzir ao peso do dito. As coisas começam a prometer compor-se

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - II CAPÍTULO

O hoje foi de certo modo a continuação do ontem. Fiquei à espera de sugestões, promessas de ajuda, etc, etc, mas só ouvi reclamações quando perguntei se já havia números e ideias. Parece que só eu tenho tempo. Por via da dúvidas lancei-me na compra das prendas a dar a alguns amigos e a escolher a do amigo oculto do Natal. Tudo pronto por aí. A receita que não cita quantidades terá novamente de ser feita a olho e  em termos perfeitamente percentuais: se para 8 era preciso tanto, para 15 ou 16 será o dobro. Só que não há registos do peso do bacalhau, do tamanho do molho dos grelos, do peso das batatas... Apenas a lembrança do hábito de tirar o passe vite do seu esconderijo anual e verificar a 1,2,3. Entretanto questionaram-me sobre a divisão das multas. Eu até nem como doces! Espero que o fim de semana os ilumine e alguém faça uma lista ou cada um comece a dizer o que pode trazer.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - I CAPÍTULO

Estranhamente hoje nada aconteceeu. Lançada a bomba terão ficado à espera da minha reacção. Ninguém telefonou  para saber se eu estava em choque ou já tinha fugido. Creio que estão a dar-me um espaço de reflexão. Quanto a mim mantenho-me na expectativa deste Natal inesperado. Mas já fui começando a fazer a avaliação das quantidades para a elaboração do prato principal.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UM JANTAR DE CONSOADA - PREFÁCIO E VÁRIOS CAPÍTULOS

Tenho um marido, duas filhas e três netos (duas e um). Já não existem genros em regime normal . Dois labradores (um e uma) completam este meu agregado familiar. Todos os anos se faz a consoada alternadamente. Quer dizer, come-se na casa de uma filha ou na de outra, mas o catering parte  sempre da minha casa. Como todos os nortenhos, janta-se o "bacalhau com todos" mais a a confusão de doçaria do costume. No dia de Natal, ao almoço, há um prato especial, que herdei do lado da minha sogra, e a que chamamos "bacalhau verde", prato de mistura de bacalhau desfiado com esparregado de grelos e que é servido com ovos estrelados. Desde que a canalha começou a comê-lo impôs-se  como tradição de almoço de 25.
Este ano, pela primeira vez as minhas netas  não vão estar conosco nesse dia porque por razões do novo "nó" do pai foram convidadas para casa dele. O "puto" já almoçava com o pai há uns anos e por isso não conta. Quando souberam do que lhes ia acontecer logo telefonaram a pedir para que eu cozinhasse o "bacalhau verde"  em 24 e passasse o cozido para o almoço de Natal. Por consenso familiar assim ficou decidido. E para mim era uma maravilha. Dá menos guerra o "verde" em termos de tachos. Até o posso levar pronto para casa da filha onde vai ser a consoada e depois é só aquecer... (já estou a mastigar...). E, pensei, até me iria dar mais descanso porque no dia seguinte seríamos apenas 4. Tudo determinado só faltava falar da doçaria.
Até que hoje recebi um telefonema da mais nova das filhas (que é a hospedeira deste ano) a informar-me  da sua visita para tratar do Natal. Estranhei... mas mãe é mãe e espera sempre uma filha. E ela chegou. E perguntou se eu estava preparada (aqui fiquei um bocado assustada). E a meio da conversa deixou cair que seríamos 17 à mesa... Ou seja mais 10 do que o previsto (para já... pois com ela nunca se sabe)
Sem comentários, prometo dar-vos conta dos próximos capítulos. Se eu não me enganar isto vai ser uma animação...
Ah! e escusam de procurar a receita do bacalhau verde aqui na net. Nenhuma é igual à da nossa herdada receita.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

ANÉMONA DE MATOSINHOS - HISTÓRIA CONTADA PELA SUA AUTORA

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

QUE A NOSSA PADROEIRA OLHE POR NÓS



Sabe-se que foi com o Rei D. João IV, da Ilustre Casa de Bragança, que foi instituído o estatuto de real religiosidade,de ser considerada Nossa Senhora da Conceição, como Padroeira de Portugal. Frei João de S. Bernardo recordou no acto da coroação do Rei, que já D. João I construíra o Mosteiro da Batalha e D. Nuno Álvares Pereira erigira o Convento do Carmo e os Infantes D. Fernando e D. Beatriz fundaram em Beja , o Mosteiro da Conceição, com o voto sublime de invocação à Virgem Santíssima, Nª Sª da Conceição.
O Rei D. João IV, não esqueceu a exortação de Frei João de S. Bernardino, e nas cortes de 28 de Dezembro de 1645, conduziu os três Estados do Reino, a elegerem Nª Sª da Conceição, por defensora e protectora de Portugal e seus territórios. Aliás, o Rei intitulava-se não só soberano de Portugal, mas também Senhor da Guiné e da Conquista , Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia.
A deliberação solene de tomar Nª Sª da Conceição como Padroeira de Portugal, teve lugar em 25 de Março de 1646. Perante toda a Corte, o Rei pronunciou:
- assentamos de tomar por padroeira de Nossos Reinos e Senhorios, a Santíssima Virgem, Nossa Senhora da Conceição, na forma dos Breves do Santo Padre Urbano 8º, obrigando-me a aceitar a confirmação da Santa Sé Apostólica e lhe ofereço em meu nome e do príncipe D. Theodósio, e de todos os meus descendentes, sucessores, Reinos, Senhorios e Vassalos a Sua Santa Caza da Conceição sita em Vila Viçosa-.
O acto de imponente solenidade prosseguiu com os juramentos e os efeitos reais própriamente ditos: - se alguma pessoa intentar contra esta nossa promessa, juramento e vassalagem, por este mesmo efeito, sendo vassalo, o havemos por não natural e queremos que seja logo lançado fora do Reino; se fôr Rei, haja a sua e nossa maldição e não se conte entre nossos descendentes, esperando que pelo mesmo Deus que nos deu o Reino e subiu à dignidade real, seja dela abatido e despojado. Para que em todo o tempo haja a certeza desta nossa Eleição, promessa e juramento, firmada e estabelecida em Cortes, mandamos fazer dela três autos públicos, um que vai ser levado de imediato à Corte de Roma para se expedir a confirmação da Santa Sé Apostólica, outro que se juntará a esta confirmação, e o terceiro com cópia se guarde no Cartório da Caza de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa e na nossa Torre do Tombo - - Lisboa, aos 25 de Março de 1646; Baltazar Roiz Coelho, o fez; Pedro Vieira da Silva, o escreveu.
Em 25 de Março de 1646, dia de Ramos, perante a Corte e representantes do Reino e cinco bispos reunidos na Capela Real dos Paços da Ribeira, realizou-se esta solene cerimónia de juramento. Pedro Vieira da Silva leu em voz alta o texto e por fim a fórmula do juramento, que o Rei, ajoelhado, diante do altar foi repetindo. O mesmo fizeram o príncipe, os grandes da nobreza, os representantes do povo e os bispos presentes. O acto terminou com solene Te Deum.
A confirmação papal, todavia, demorou 25 anos a chegar, devido a intrigas de Filipe IV, que faziam manter suspensas as nossas relações com a Santa Sé. Finalmente em 1671, Clemente X, aprovou e confirmou o decreto de el-Rei D. João IV. O Breve Papal ratificou a "eleição da Bem Aventurada Virgem Maria sob a invocação da Santíssima Conceição, como particular, única e singular Advogada e Protectora do Reino de Portugal".
Desde então as nossas rainhas jamais usaram a coroa real.
QUE ELA ESTENDA O SEU MANTO SOBRE ESTE PAÍS E OS SEUS FILHOS (OS QUE VALEM A PENA...)