sábado, 23 de julho de 2011

A NORUEGA HOJE


Conheço a Noruega de leituras e de imagens.Mas a ideia que sempre tive do país é que era um exemplo a nível de democracia política e social, de expansão económica e de organização de estruturas. Um país sem barreiras porque não tinha necessidade delas. De clima frio nunca me atraiu para local de visita. Mas sabia que a qualquer momento o poderia visitar porque uma das coisas que mais me atraía nele era exactamente a segurança. Ontem todo o mundo despertou para uma nova Noruega. Talvez pela tranquilidade que nos prometia assistimos espantados ao modo como uma pessoa só conseguiu destruir o mito da segurança e fez um banho de sangue baseado, ao que tudo parece, por ideais utópicos e numa demonstração inconsequente de que um homem só desde que acredite no que faz pode destruir o que lhe apetecer. Não vou referir-me mais ao personagem porque me repugna. Quero apenas aqui deixar registado o único momento em que convivi com noruegueses e o que me encantou neles. No ano passado, durante uma excursão a Roma realizada a partir de Civita Vechia, onde o barco de cruzeiro nos tinha largado, tive como companhia uma belíssima família de pais, 3 filhas (entre os 18 e o 13 anos) e um filho (o mais novo). Escusado será dizer que eram todos uns vikings louros, de olhos azuis e enormes. Durante a viagem de ida e na de volta troquei algum do meu pobre inglês com eles e fiquei a saber que eram exactamente de Oslo. Uma simpatia. Falei-lhes de Portugal (que não conheciam) e aconselhei-os a visitarem-nos porque eles adoravam calor. Ao longo do resto do cruzeiro encontramo-nos várias vezes e eles tiveram sempre uma atenção especial comigo. Hoje recordei-os com mais força. Não sei se algum deles foi apanhado por esta tragédia. Mas não me sairam da cabeça todo o dia. Por eles senti ainda mais o que se passou e porque foi um norueguês a fazê-lo a título de nada, não consegui compreender.
Esta Europa não para de me surpreender cada vez mais. E agora negativamente

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