quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O TEMPO

O tempo escorre-me pelos dedos…
Não o da idade
Mas o das tarefas diárias.

Ao primeiro
A gente habitua-se
Vai tentando contorná-lo
Mas acaba por se lembrar dele
Nos momentos mais inesperados
Como o da fila do supermercado
Ou quando temos de comprar bilhetes
Para qualquer viagem de comboio,
Entrada num museu ou um concerto.

O tempo das tarefas diárias desconcerta-me
Porque nunca sei se é mais longo
Por perfeccionismo feito de exigência
Ou simplesmente porque me esqueci
De como se fazem as coisas.

O tempo é um elemento universal
Devidamente estruturado
E aceite por todos.
Tem um ritmo constante
E apenas a situação espacial o belisca.
Por isso usemo-lo a nosso belo prazer

Assim
Bom dia para quem se está a levantar
Justamente no momento em que eu me vou deitar.


IM

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