sábado, 23 de janeiro de 2010

TEMPORAL

Um temporal perturbou-me o voo.
Não adivinhara a chegada dos seus sinais
Na claridade do azul do céu daquela tarde
E no reflexo do sol sobre o meu mar

Contudo, chegada a noite,
Quando, apaixonada,
me preparava para voar
numa rota desejada de prazer,
os astros perturbaram-se:
a chuva apareceu
e um raio caiu mesmo ao meu lado.

Espantada,
Não consegui levantar-me
Para o voo tão aguardado
E quedei-me gelada e temerosa
Num canto escondido do areal

De que vale sonhar em ser feliz
Quando, num segundo
Os sonhos concebidos são desfeitos
Por energias externas e opostas
Ao nosso desejo mais profundo

SS

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