segunda-feira, 30 de novembro de 2009

BELA PRENDA DE ANOS SOBRETUDO PORQUE ATRASADA. SABE SEMPRE BEM

Porque está um céu fabuloso derramando no mar nuvens cor de chumbo com laivos de vermelhos e laranja e porque foi olhando o mar que escrevi para ti nos dias dos teus anos e porque estava escrito que hoje ia suavizar o teu dia-aqui estou.

Caminhámos juntas
Tantas vezes
Outros caminhos
Tomámos
Mas sempre
Nos encontrámos
Nas palavras
Que dizemos
Nos silêncios
Na comtemplação
Dos espaços
Que gostámos
Há em nós
Um encontro
Permanente
Afectos
Vividos
E
Não contados
Eternizados
Assim
Em
Nossa vida


Bom dia de anos

olhando o mar escrevi para ti ,mas só hoje o mando.

G.MIMI

domingo, 29 de novembro de 2009

QUANDO OS PAIS APRENDEM COM OS FILHOS

Realiza-se de 29 de Novembro a 2 de Dezembro, em Lisboa, mais uma cimeira ibero-americana. Os países que fazem parte desta comunidade de países são, além de nós peninsulares, todos aqueles que habitam terras que foram descobertas e colonizadas na América Central e do Sul por Portugal e Espanha. Daí que os seus falares indígenas tenham sido trocados pelo português e pelo castelhano. Todos eles hoje respeitam, ou parecem fazê-lo, os países que os dominaram e dizem-se seus grandes admiradores. Contudo não vai longe o tempo em que acusavam toda a Ibéria por esse mesmo facto. Terão alguma razão, mas todos sabemos como eram feitas e o porquê dessas conquistas. Ao progressivo abandono das colónias espanholas por nuestros hermanos, seguiram-se algumas independências, entre as quais a do Brasil, se bem que pelas mãos de um príncipe português. Só que todo este movimento de libertação não foi acompanhado por um de estabelecimento de estruturas internas de poder e organização. E se alguns desses países conseguiram estabilizar-se ao longo do tempo, a maioria não conseguiu e tem graves falhas nas suas instituições sociais, políticas e administrativas e muito poucos sabem gerir as suas fontes de economia. Isso explica o aparecimento e permanência no tempo de ditadores, revoltas e dramas sociais e o consequente enraizamento de práticas de corrupção e de guerrilha. E porque esse continente é, (para além da Madeira que nada tem a ver com o objectivo deste meu pensar) o local de onde vêm as bananas que por cá se consomem, apareceu entre nós a expressão de “república das bananas” quando nos queremos referir a situações nacionais de confusão, mas sobretudo de corrupção.
Por tudo isto, quando tomei conhecimento da realização desta cimeira justamente agora e em Portugal, fiquei muito contente: Nós, os pais (sim porque a Espanha está de braço dado connosco), vivemos uma conjuntura que tem tudo daquilo que eles criaram a partir do que nós lhe demos. Assim durante esta cimeira os dignitários desses países terão oportunidade de observar ao vivo e em directo como eles têm sido importantes para nós no que toca à forma de organização e posta em prática de esquemas de corrupção activa e passiva assim como de manipulação da justiça. E vão ficar todos felizes porque vão saber que por cá também já não se acabam julgamentos – só se adiam; não se prendem banqueiros – vão de pulseira para casa ou deixam-se continuar livres para acabarem alguns negócios particulares; suspendem-se arguidos em processos, mas continuamos a pagar-lhes o ordenado; que o enriquecimento ilícito é visto como uma forma de promoção por esforço laboral; e que os responsáveis pela magistratura deste país, com o argumento da quebra do sigilo judicial, não revelam escutas de “conversas privadas”, sobretudo se nelas aparecem certas vozes privadas cuja identificação poderia fazer com que o poder caísse na rua. Certamente que os nossos “filhos sul-americanos” ao tomarem conhecimento deste estado de coisas irão ficar felizes porque se irão reconhecer nele. Assim sentir-se-ão em casa porque nós também já somos uma “república das bananas”.


GM
A publicar em Matosinhos Hoje

sábado, 28 de novembro de 2009

QUEM SE LEMBRA DO ANO DESTA CANÇÃO?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SEGURANÇA

À distância vejo as coisas de outra forma
E o real tem aspecto bem diferente.
O que julgava claro
Parece-me escuro
E as coisas mais precisas
Surgem envoltas no nevoeiro da incerteza.
Daí vem-me a insegurança
O receio do efémero
E a luta pela busca do estável.
Sufoca-me o vazio da ausência
Que resume o nada.
Só me satisfaz
A segurança do que tenho,
O agora

E o aqui.

GM

sábado, 21 de novembro de 2009

UMA CANÇÃO PARA UM DIA COMO HOJE

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

HISTÓRIA DE AMOR ENTRE DUAS CIDADES

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PARA OS SEXAGENÁRIOS RECORDAREM LEUR JEUNESSE

O TEMPO DO AMOR

O tempo do amor
Não se conta.

Nem pelos dedos
Nem pelo calendário.
Não se lhe podem aplicar
Fórmulas matemáticas
Ou princípios de estatística
Para sabermos quando começou,
Quanto dura e quando vai terminar.
O amor
Não cabe em prazos
Sejam eles curtos ou longos

Nem se prende a estruturas ou conjunturas.
É um estado de espírito
Por isso
É impossível avaliar
Quanto um amor vai durar.
Mas se lhe quisermos conferir
Uma dimensão
Basta consultar o coração.

GM

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

UMA CANÇÃO PARA UMA DUPLA FAMOSA

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A TODOS OS MEUS LEITORES QUARENTÕES

Lembram-se da Rua Sésamo? Todos vocês se divertiram e aprenderam com as suas personagens e histórias. Recordem-na hoje, dia do seu 40º aniversário. Para espanto de todos nós, ela continuar a fazer as delícias das crianças nalgumas partes do mundo. Pode dizer-se que veio para ficar.

PARABÉNS À RUA SÉSAMO

domingo, 8 de novembro de 2009

FAÇO POESIA

Faço poesia
Exactamente como pinto:
Sem ideias prévias
Sem intenções
(estas reservo-as para algumas comemorações).

Por isso vagueio no papel
Como passeio na tela:
Em movimentos sem rumo
Sem expressão definida
Nem cor determinada.
Em ambas as artes
Deixo que algo aconteça
E que seja sempre diferente.

Quando obtenho imagens,
Gráficas ou visuais,
Minimamente expressivas
Do meu sentir no momento,
Marco a obra com um título
Chancelo-a com o meu nome
E deixo-a a temperar
Esquecendo-me noutras coisas.

Um dia busco-a de novo
Para avaliar o que sinto
Ao revê-la num momento bem distinto.
Se me agrada, deixo-a voar
Mas se não me encontro nela
Volto a tentar ao contrário:
Para aferir atitudes
Tento uma nova pintura
Com traços de poesia.

GM

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

UMA BELA PRENDA DE ANOS ATRASADA

SEGREDOS + LETRA DO FADO DE KÁTIA GUERREIRO

Meu amor, porque me prendes?
Meu amor, tu não entendes,
Eu nasci para ser gaivota.

Meu amor, não desesperes,
Meu amor, quando me queres
Fico sem rumo e sem rota.

Meu amor, eu tenho medo
De te contar o segredo
Que trago dentro de mim.
Sou como as ondas do mar,
Ninguém as sabe agarrar,
Meu amor, eu sou assim.

Fui amada, fui negada,
Fugi, fui encontrada,
Sou um grito de revolta.

Mesmo assim, porque te prendes?
Foge de mim, não entendes?
Eu nasci para ser gaivota.