domingo, 26 de julho de 2009

REFLEXÕES DO FIM DE SEMANA DE UMA ENCLAUSURADA

A primeira reflexão tem a ver com a visita do nosso Presidente da República à Áustria. Fiquei comovidíssima, não só porque é um país que me atrai (e onde não pude ir ainda porque quando a reservo passagem me surge sempre algum impedimento), mas sobretudo porque essa visita foi marcada por uma recepção a muitos austríacos que, crianças ainda, no final da II Grande Guerra, a Caritas trouxe para junto de nós para que assim pudessem sobreviver à penúria que o país então sofria devido à invasão alemã. Toda a minha geração se lembra daquelas crianças de grandes olhos azuis assustados que passaram a viver connosco, a falar a nossa língua (e que bem que alguns ainda a falam!) e a partilhar as nossas escolas e brincadeiras. Alguns acabaram por cá ficar. As imagens da recepção a esta gente, hoje já bem madura, fizeram-me saudades e verti algumas lágrimas por amigos que se foram e de que perdi o rasto.

Sábado o país acordou com um PS pretensamente renovado. E de que maneira. Alguém ainda nos há-de explicar o sorriso do porta-voz que anunciou o acordo (???) obtido na aprovação das listas que denominam refrescadas com novas caras e diferentes maneiras de pensar e actuar. Isso cheira-me a mais uma pincelada para ocultar a saída dos “Alegres” e outros históricos. Em terra de homens do mar, como esta nossa, diz-se porém que aos primeiros sinais de naufrágio os ratos são os primeiros a abandonar o barco. Para completar o quadro temos a entrada em 3º lugar para Lisboa da actriz-cineasta Inês de Medeiros. Estou hesitante entre tomar esta atitude como uma versão de um “ Job for de the girl” que foi mandatária do Prof. Vital Moreira nas últimas eleições para o PE (o resultado viu-se!) ou como uma forma de nosso actual PM, o tal que disse que ainda está para nascer um Primeiro Ministro como ele para enfrentar o défice, conseguir quem lhe produza de borla (que nós pagamos) um filme que retrate a verdadeira história da sua actuação nesse sentido. De certeza que seria obra bem mais fantasmagórica do que qualquer uma das do Harry Potter.

A 3ª e última reflexão vai dirigida ao nosso nortenho Ministro da Cultura. Ó Zé, sempre foste um rapaz de ideias avançadas e muito valor. Contudo não te perdoo a assinatura do Acordo ortográfico que pôs a nossa língua submetida à amálgama que é a dos povos por nós colonizados. Isso entristeceu-me. Mas percebo que foi uma herança envenenada que herdaste e como Ministro nomeado actuaste em função das ordens recebidas. “Noblesse oblige”. Alguém tinha que ser a arma da prática daquele aborto que os portugueses não queriam. Eu continuarei a escrever como aprendi e o resto que se lixe ou use um dicionário para me entender. Mas esta de empeitares a transformação do Pavilhão de Portugal em Museu da Viagem, é delirante. A ideia é boa. Lá isso é! Só que as eleições estão aí, ao virar a folha do calendário. Anunciares isto a semanas de voltares para o teu escritório de advogados, não achas que é extemporâneo? Ou terá sido mais uma das ordens do teu patrão
?

2 Comentários:

Às 26 de julho de 2009 às 19:25 , Blogger GP disse...

Não faças sobre reflexões negativas. A política é, e será, sempre a mesma porcaria.
O acordo que se lixe.
Aproveita para leres coisas positivas nem que seja uma página de anedotas.

beijinho

 
Às 27 de julho de 2009 às 10:13 , Blogger Gaivota Maria disse...

Há coisas que me dão volta ao estômago. Já tenho dose pessoal suficiente para aguentar calada. "Espumar" alivia-me. Beijinho

 

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