sábado, 30 de agosto de 2008

PARALÍMPICOS 2008

ALGUNS DOS NOSSOS PARALÍMPICOS NA 1º PESSOA
Como vos prometi, vou dedicar-me nas duas próximas semanas a falar-vos de alguns dos nossos atletas de desporto adaptado que vão participar, a partir do dia 6 de Setembro, nas paralimpíadas de Pequim. As palavras são deles e é assim que se apresentam em páginas da Internet:


SIMONE FRAGOSO - 28 anos, nanismo , nadadora
Faço tudo o que uma pessoa dita «normal» faz. Onde não chego, peço ajuda. Ser a atleta mais pequena da Selecção não é assim tão mau: toda a gente gosta de mim. Sou uma pessoa divertida e gosto que os outros se divirtam. A minha família também é constituída por pessoas muito divertidas e também dão uma grande lição de vida. Devo-lhes muito! Deixo um conselho às pessoas com deficiência e que se fecham em casa: Saiam! Vivam cada dia como se fosse o último e aproveitem o máximo da vida. Façam como eu, que tenho sempre uma energia positiva!.

DAVID GRACHAT - 21 anos, estudante, malformação congénita do braço esquerdo
Aos dois anos a minha mãe inscreveu-me na natação para fortalecer e desenvolver os músculos. Comecei a participar em competições com 10 anos e há 11 que faço desporto ao mais alto nível. Este ano, fiz uma competição com atletas ditos normais e já participei em provas de águas abertas, onde me classifiquei bastante bem. Numa fiquei em terceiro lugar, no meio de 300, e noutra fiquei em quinto lugar. As expectativas para Pequim passam por, pelo menos, ir à final. A energia vou buscá-la ao meu treinador, que me dá muito na cabeça, mas também aos meus pais e à minha irmã.

LUZIA SILVANO - 50 anos, assistente social, malformação congénita da perna esquerda
Tenho uma malformação congénita na perna direita, mas tive a sorte de ser muito acompanhada pela família, que não desistiu e me obrigou desde cedo a fazer operações de correcção. Hoje tenho uma vida perfeitamente normal, porque sempre me fui adaptando.
Até aos 13 anos, fiz 10 operações. Estava mais tempo no hospital que em casa. Esta experiência fez com que desenvolvesse algumas competências pessoais que sempre me ajudaram a ultrapassar as dificuldades.
Em 2006 fui novamente operada e curiosamente o meu fisioterapeuta estava ligado à vela adaptada. Surgiu então a possibilidade de fazer equipa com o Bento Amaral. Como fui nadadora de competição em pequena, atirei-me ao desafio, de mergulho!

BENTO AMARAL - 'No mar sou igual às outras pessoas
Comecei a fazer vela com 11 anos e continuei até aos 25, altura em que tive um acidente que me deixou tetraplégico. Sete anos mais tarde descobri que existiam barcos de vela adaptada e voltei ao mar. A sensação foi de liberdade e de autonomia, o que não consigo ter numa cadeira de rodas em terra. No mar sou igual às outras pessoas. A partir do momento em que tive o acidente e que me vi confinado a uma cama, tinha duas opções: ou ficava deitado na cama a vida inteira ou tentava realizar-me o mais possível. Optei pela segunda hipótese e é normal que isso se transmita na vela: vencer obstáculos, ventos fortes e dias frios. É bom olhar para trás e achar que valeu a pena

Para a semana há mais. Avaliem se vale ou não a pena apoiar esta gente!


As informações para este texto foram colhidas em http://enistoquesomosbons.blogspot.com/

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