quarta-feira, 30 de julho de 2008

EMBALADAS PELAS ÁGUAS DO RIO E ILUMINADAS PELAS NOITES DE LUAR, CHEGARAM AS ...

FÉRIAS


Vou de férias.

Até ao dia 20 estarei longe deste meu espaço. Vou aproveitar para fazer umas quantas coisas de que gosto muito e que me dão paz. Estarei recolhida no lugar que esta foto ilustra. Vai ser bom.

Até ao meu regressso. Que estas férias sejam as melhores das vossas vidas.

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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tous les visages de l'amour - Charles Aznavour

POR FAVOR, NÃO ME ANALISE

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.


MÁRIO QUINTANA

domingo, 27 de julho de 2008

UM ROSTO QUE PARTIU - UMA VOZ QUE FICOU

FADO DE LUTO


Faleceu esta semana a fadista Fernanda Baptista. Juntamente com Amália, esta senhora acompanhou-me toda a vida. Vi-a muitas vezes em palco, primeiro nas revistas que subiam à cena no Sá da Bandeira, onde, por não haver então classificação de idades para os espectáculos, os meus pai me levavam, e, mais tarde, já adulta também no Parque Mayer. E ouvi-a no cinema a cantar o Fado do Toureiro, na banda sonora do filme Sangue Toureiro, creio que protagonizado por Manuel dos Santos, o maior toureiro da época. A minha mãe quase chorava quando a ouvia a cantar o Fado da Carta... Já bem adulta, no dia 28 de Maio de 1975, fui com um grupo jantar ao Mal Cozinhado, casa típica do Porto, sediada ainda no Passeio Alegre. Vejam só quem lá estava: Max, Carlos Zel e a Fernanda Baptista. Durante a actuação o segundo ousou cantar o "Nunca mais darei um cravo", revelando uma tremenda frontalidade na época. Um grupo dentro da sala protestou veementemente enquanto a maioria aplaudiu com estusiasmo. Eu estava entre esta. No final do jantar, tivemos a honra de receber os artistas na nossa mesa. E a conversa prolongou-se até bem entrada a madrugada... As histórias que aquela mulher contou... e sobre quem. Tratava-nos por "filhos" e falava com uma calma e um carinho enorme. A minha admiração por ela redobrou ao ouvir tudo quanto nos contou sobre os fadistas pseudo-revolucionários e que ela havia visto nascer, alguns filhos de amigas dela. Ontem à noite, a TV Memória brindou-nos com a repetição do programa do Júlio Isidro em sua homenagem. Foi um momento emocionante e de grande recordações para mim.


Adeus, Fernanda Baptista. Descansa no céu dos fadistas. Por cá nós guardaremos a tua memória através da voz que nos deixaste registada nas cassettes, vinys e Cds.

sábado, 26 de julho de 2008

PARA OS AVÓS DA MINHA GERAÇÃO

PARA AS/OS AVÓS DO MEU BANDO

Neste dia de Santa Ana e S. Joaquim, escolhido para ser o DIA DOS AVÓS, não posso deixar de dirigir uma saudação aos meus colegas de "Grémio" com umas frases alusivas à nossa situação:


“O amor perfeito às vezes não vem, até chegar o primeiro neto.”
Provérbio Galês

“Ninguém faz pelos netos o que fazem os Avós: eles salpicam uma espécie de pó de estrelas sobre as suas vidas.”
Alex Haley

“As Avós são Mães, com um monte de cobertura doce.”
Autor desconhecido

“A Avó segura as nossas mãozinhas por um instante, mas os nossos corações para sempre.”
Autor desconhecido

“Que baratos são os netos! Dou-lhes as minhas moedas e eles dão-me milhões de euros de alegria.”
Gene Perret

“Se soubesse como é maravilhoso ter netos, tê-los-ia tido antes.”
Lois Wise

“Nunca tenha filhos, só netos.”
Gore Vidal

“Os homens não se sentem velhos por terem netos, mas por saberem que estão casados com Avós.”
G. Norman Collie

“Os netos são a recompensa de Deus por termos chegado à velhice.”
Mary H. Waldrip

“Nunca entenderás realmente uma coisa, até que consigas explicá-la à tua Avó.”
Provérbio Galês

“Os netos são a sobremesa da Vida.”
Anónimo

FELIZ DIA DOS AVÓS, COLEGAS DE OFÍCIO!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

ESTA É FRANCAMENTE UMA CANÇÃO DE CULTO

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Para acompanhar um poente

A brisa
Trouxe-me o aroma
Da maresia
E os gritos das gaivotas
Enquanto o sol
Se afogava para lá do mar
E pintava de vermelho
A túnica que me cobria.
Entrei na água
Para me despir
Do fogo
Que aquela luz
Acendera.
Nadei seguindo uma linha
Que não via
Mas que acreditava
Que me ia levar
A um lugar do horizonte
Onde recuperasse na minha nudez
A veste branca perdida
E o meu ser fosse devolvido à lua
A que pertenço.


IM

sábado, 19 de julho de 2008

A COIMBRA QUE EU SONHAVA E NÃO TIVE

Em Outubro de 1961 cheguei a Coimbra pronta a passar ali uns 5 anos da minha vida para fazer a licenciatura em Filosofia (esqueçam este pormenor porque a Filosofia foi um acontecimento esporádico da minha vida). Coimbra era um sonho para toda a menina da minha geração que abandonava o liceu: rapazes galantes, pais longe=liberdade total, latadas, queimas e serenatas, muitas serenatas... A minha chegada a Coimbra foi um sonho feito realidade. Contudo depressa o sonho se desfez: não simpatizei grandemente com o curso, estava num Lar e as freiras eram mais severas que os meus pais e descobri, porque o Lar era mesmo em frente à Pide, que havia uma certa instabilidade devida a rumores e depois factos, de que se vivia uma época revolucionária. Estou a falar da 1ª das crises académicas, a de 1962. Não vou aqui falar de tudo quanto aconteceu. Nunca mais acabaria. Tenho essa crise descrita tal como a vivi, nas cartas que escrevia ao namorado. Vou falar-vos apenas do que esperava e não aconteceu: não houve queima e quanto a serenatas... apenas assisti a uma que me deixou uma terrível impressão. Um grupo do Porto fundou uma espécie de República - o Solar dos aracnídeos. Depois de bem festejada a inauguração foram até ao Lar fazer uma serenata. Só que a bebedeira era tal que não deu para perceber muito bem o que aquilo era: uivos? gritos? gargalhadas? Foi um terrível pesadelo, que nem sonho foi. Graças a Deus, a minha paixão pelo Fado de Coimbra manteve-se intacta. Também não acabei o curso naquela cidade. Motivos pessoais graves, impediram-me de fazer todos os exames. No ano seguinte abriu a Faculdade de Letras no Porto e para lá fui reencaminhada. Foi o primeiro curso desta Faculdade. Foi uma época muito interessante! E assim garanti pelo menos uma serenata anual - a da Queima. Também havia então boas vozes no Porto.
Hoje aqui vos deixo um dos fados de que mais gosto e que encontrei algures neste mundo Virtual. Obrigada a quem lá o pôs.

CANTO DA ALMA - FADO DE COIMBRA

quinta-feira, 17 de julho de 2008

SERENATA AO LUAR

Não sei se nasci, mas pelo menos tenho a consciência de que no mais fundo das minha memórias infantis, e são longas, esta música tocada por Glenn Miller tem lá um cantinho especial. Hoje temos uma noite com uma lua enorme, rosada, a adivinhar calor. Por isso quero partilhar com todos quantos me lêem a minha canção de culto. O original não tem autorização para ser postado. Vai uma interpretação menos intimista, mas também de boa qualidade.
Aproveitem o luar, gaivotas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

O FASCÍNIO DE VIVER

CONFISSÃO

Gosto de pasmar,
ver nas árvores gigantes bons
e, nas nuvens, mensageiros de outros reinos.

Gosto do silêncio,
da fuga a palavras vãs,
que agigantam a poeira e escondem a essência.

Gosto do som do vento,
da força do olhar,
do gesto que afirma e acaricia.

Gosto do mistério,
da verdade escondida,
que não cansa nem explica tudo.

Gosto da dúvida e da incerteza
próprias do ser homem,
molas do avanço do mundo.
Mundo que é obra em aberto,
espaço para homens que afirmem o imponderável da vida
e pintem o colorido da existência.

Alexandre P.



segunda-feira, 14 de julho de 2008

PARA O ALEXANDRE QUE JÁ VOA SOZINHO NAS ASAS DA POESIA

OUVIR A EXISTÊNCIA

Eu não ouço as nuvens
nem entendo a língua das correntes!
Sei da sua existência, sigo os seus movimentos
vindos de outros tempos e lugares.
Neles me deixo transportar
em direcção à sabedoria de quem aceita o que existe.
Eu não sei o porquê das coisas!
Sei apenas o que me faz bem e o mal que me atormenta.
Sei o que sinto nas noites de invernia
ou quando o vento me acaricia e me acalma.
Sei isto e sei que é pouco, mas sei que este pouco
é o segredo da vida que não me atrevo a desvendar.
Porque não quero saber, se saber é fechar, prender ou atar a liberdade em acção.


Alexandre P.

Um querido e jovem autor, uma espécie de meu filho mais velho

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Encontrei esta preciosidade bem antiga e não resisti a pô-la aqui

VAMOS RECORDAR UMA GRANDE VOZ

2 POESIAS QUE AQUI CHEGARAM EM COMENTÁRIO E QUE QUERO PARTILHAR COM UM BANDO QUE GOSTA DE MIM

AMOR É SÍNTESE

Por favor, não me analise
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente
Todo cheio de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese
É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços
E eu serei o perfeito amor.
(Mário Quintana)

Boa noite...


O TEMPO

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

(Mário Quintana)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

AMOR DE HOMBRE

SONHO-TE À PRESSA

Sonho-te à pressa
entre coisas a despropósito: certos
filmes a preto e branco, fazer a cama
de manhã, um livro, aquela pausa
enquanto o leite ferve e o olhar
se perde, atento.

Só invadires-me o espaço
entre o meu espaço à pressa
me traz frágil: nunca sei se aconteces
porque sim, nem se aconteces.
Um sonho inoportuno entre o meu dia
e tantas coisas.


ANA LUÍSA DO AMARAL

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Um Hello suave para quem se revê nesta música

DEIXA FICAR COMIGO A MADRUGADA

Deixa ficar comigo a madrugada,
para que a luz do Sol me não constranja.
Numa taça de sombra estilhaçada,
deita sumo de lua e de laranja.


Arranja uma pianola, um disco, um posto,
onde eu ouça o estertor de uma gaivota...
Crepite, em derredor, o mar de Agosto...
E o outro cheiro, o teu, à minha volta!


Depois, podes partir. Só te aconselho
que acendas, para tudo ser perfeito,
à cabeceira a luz do teu joelho,
entre os lençóis o lume do teu peito...


Podes partir. De nada mais preciso
para a minha ilusão do Paraíso.

David Mourão-Ferreira

terça-feira, 8 de julho de 2008

FADO, MEU FADO

FADO

Outro nome tem o fado,
pode ser o meu destino:
a vida a passar-me ao lado,
um desejo em desatino.

Olhar por cima do céu
quem anda em baixo na terra:
ser inocente e ser réu,
amar a pá que me enterra.

Não saber aonde vou
quando parto deste porto,
nem dizer a quem ficou
se estou vivo, se estou morto.

Se teu sonho me procura
nada tenho a dizer:
pode ser já noite escura,
ser treva um sol a nascer.

Mas se um dia te olhar
sem saber como te chamas,
há-de haver no teu andar
a sombra que tu reclamas.


Esta sombra que eu guardei
no bolso da nossa história,
corpo que nunca abracei,
cinza de antiga memória.

E não me digas que é triste
o que nunca aconteceu:
não vês o que não existe,
nem morre o que não nasceu.

Nuno Júdice

domingo, 6 de julho de 2008

PARA O ANÓNIMO QUE PERDEU A ROTA E ANDA MISTURADO COM ESTE MEU BANDO DE GAIVOTAS. DÊ A CARA PARA VER SE O DESCOBRIMOS

sábado, 5 de julho de 2008

PARA O MEU BANDO, QUE É QUASE TODO DA MINHA IDADE, FAZER UM BALANÇO DA SUA VIDA

Naquele tempo falavas muito de perfeição,
da prosa dos versos irregulares
onde cantam os sentimentos irregulares.
Envelhecemos todos, tu, eu e a discussão,

agora lês saramagos & coisas assim
e eu já não fico a ouvir-te como antigamente
olhando as tuas pernas que subiam lentamente
até um sítio escuro dentro de mim.

O café agora é um banco, tu professora do liceu;
Bob Dylan encheu-se de dinheiro, o Che morreu.
Agora as tuas pernas são coisas úteis, andantes,
e não caminhos por andar como dantes.

Manuel António Pina

Apenas telepatia e paz depois de um dia louco

quarta-feira, 2 de julho de 2008

UM OBRIGADA A UMA AMIGA


Entre os quadros que foram pintados nas nossas aulas da USFE ressaltavam os policromáticos que sairam das mãos já treinadas da Conceição Couto. Eu tive direito a um deles, que gentilmente ela me ofereceu. Aqui o vou deixar para que se deliciem com ele. Espero as vossas opiniões.

terça-feira, 1 de julho de 2008

HOJE APETECE-ME ADORMECER COM A BETHANIA