quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

MAR

São estes versos que te escrevo brancos,
com a brancura da espuma em cada onda nascida.

São estes versos que te escrevo negros,
com o negrume da noite na vaga adormecida.

No branco do verso escrevo a negro o amor
que o mar irá cobrir quando alguém o quiser ler.

No negro do poema escrito no branco do verso
o céu deixará um fundo azul quando a maré descer.

E sob o azul do céu, no branco do verso,
o poema ficará branco e negro com o arco-íris de uma flor.

Limpo da espuma de uma onda que rebentou,
é no mar que se lê, negro e branco, o que é o amor.

Nuno Júdice

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