sábado, 10 de novembro de 2007

A UMA GAIVOTA RECUPERADA

De cabeça erguida e ansiosa
A gaivota aterrou devagarinho no areal...
Era a praia de onde partira há muito
Em busca não sabia de quê…
Levara consigo sonhos
E voltava com o odor de outras maresias,
As penas coloridas pelos mares tropicais,
O movimento de marés longínquas
E o orgulho dum viver pleno.
A praia estava vazia
Mas ela sabia que algures
Haveria de encontrar
Quem lhe pudesse contar
Que era feito do velho bando.
Voou mais para norte
E pousadas num rochedo
Ao calor do sol de Outono
Encontrou duas gaivotas.
Antes mesmo de descer
Reconheceu o seu grasnar
E ficou com a certeza
Que ia obter respostas
Capazes de desfazer
A ânsia do seu saber.
Pousou mansinho entre as duas
E por fim ficou em paz
Porque lhes bastou só olharem
Começarem a falar
Sem terem de perguntar:
O bando estava junto outra vez.

Gaivota Maria

1 Comentários:

Às 13 de novembro de 2007 às 11:17 , Anonymous Anónimo disse...

Quando, ao passar por uma praia, em dias ventosos, vejo sempre um bando de gaivotas, de asas bem fechados e... todas voltadas para o mesmo lado!
Para mim, é uma lição e constato que é isso que acontece em todas as circunstâncias, uma grande união e compreensão entre todas as gaivotas!!!
É muito bonito!!!
Gaivota do Sul

 

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