quinta-feira, 1 de março de 2007

Ser GRANDE

GRANDE é quem pelo seu valor está para além do espaço e do tempo e até da vontade dos homens. GRANDE é ser universal no conceito mais amplo do termo. Magistral e convictamente, o Dr. Paulo Portas conseguiu demonstrar O GRANDE PORTUGUÊS que foi D. João II . Primeiro verdadeiro homem de estado, monarca, embaixador, estratega a nível universal sem por isso abandonar os negócios internos. Criador da modernidade portuguesa ele foi o ainda verdadeiro pilar da globalização. A partir de então o país viveu sob sucessivos governos que o trataram como quem deixa cair aquilo que não interessa ou não se sabe de quem é. Entramos na filosofia dos Bandarras, somos todos Velhos do Restelo e ainda acreditamos em manhãs nevoeiro. E assim, de mãos vazias chegamos ao século XXI.

Para D. João II, uma PRECE nas palavras de Pessoa:

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia
– Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância
– Do mar ou outra, mas que seja nossa!

in Mensagem

2 Comentários:

Às 2 de março de 2007 às 14:56 , Blogger CLEAL disse...

Isabel:

Eu tenho de dizer honestamente que nunca vi esses programas, mas ia ouvindo coisas acerca das personalidades indicadas.Não tenho dúvidas que D.João II terá sido um bom Rei. Reconheço muito mais que Fernando Pessoa super génio, algo de verdadeiramente imortal.
Talvez - e talvez, repito, porque não ouvi nem ouviria - o "rapaz" tenha falado bem, mas ninguem me peço para escutar PP. Receio-o. O futuro dirá se o meu receio era infundado.

 
Às 2 de março de 2007 às 17:48 , Blogger Gaivota Maria disse...

Carlos
O que o programa "Os Grandes Portugueses" pretende é que os portugueses dos nossos dias reflictam e pensem quem terá sido o maior dos portugueses de todos os tempos. Não interessa que defende as personagens publicamente mas sim como o faz. à parete um ou outro pequeno caso não vi nenhum dos defensores tomarem atitudes partidárias. Também da lista final só Salazar e Cunhal tinham relação com partidos. E a história destes dois está tão perto de nós que ainda é difícil fazer uma avaliação final da sua actuação. Isso não se passa com todos os outros que tiveram como defensores representantes de diversas facções.

 

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